domingo, 20 de setembro de 2015

IDH

Índice de Desenvolvimento Humano: Desaceleração no crescimento nos últimos anos


mapa abaixo ilustra a desigualdade existente entre o hemisfério norte e sul do planeta no que a este indicador diz respeito. Além deste contraste mais geral, constata-se que os países com níveis de desenvolvimento humano mais baixos se concentram na África subsaariana, no sul e sudoeste da Ásia e algumas áreas da Ásia Central.
Mapa
Entre os 43 países que detêm um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) considerado baixo (Quadro 1), 9 em cada 10 países são africanos. Os três países com índice de desenvolvimento humano (IDH) mais baixo são a República Centro-Africana (0,341), o Congo (0,338) e Níger (0,337).
Entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Angola é o 39º país com pior registo (0,526); Moçambique (0,393) e Guiné-Bissau (0,396) são o 10º e 11º país, respetivamente, com um IDH mais baixo. São Tomé e Príncipe (0,558) e Cabo Verde (0,636) fazem parte do grupo com IDH médio.
Quadro1_todos os países_IDH
Em primeiro lugar no ranking, encontra-se a Noruega, seguida pela Austrália e a Suíça, com um IDH, respetivamente, de 0,944, 0,933 e 0,917 pontos. Todos os países da OCDE e da UE-28 integram as categorias dos países com um IDH muito elevado (com > 0,80 pontos). Entre os países da UE-28, apenas 6 têm um nível de desenvolvimento superior ao valor do IDH muito elevado (> 0,890): Holanda, Alemanha, Dinamarca, Irlanda, Suécia e Reino Unido.
Portugal, assim como o Chipre, ocupa a 41ª posição no ranking dos 49 países que têm um IDH mais elevado – abaixo de Portugal e integrando a UE, só estão a Hungria (43ª), a Croácia (47ª) e a Letónia (48ª). Em relação a 2012, Portugal aumentou 2 lugares no ranking, mantendo, no entretanto, a sua pontuação no IDH (0,822).
Quadro 2_componentes
No quadro 2, compara-se os valores portugueses com as médias mundiais, e as componentes do IDH, dadas por anos (2000-2013) e por regiões. Portugal, quanto às componentes, apresenta 79,9 anos de esperança média de vida à nascença de, 8,2 anos médios de escolaridade, 16,3 anos esperados de permanência na escola e 24,130 dólares PPP de produto nacional bruto per capita. Portugal continua a distanciar-se de forma clara dos demais países com um IDH muito elevado, em particular, no valor do Produto Nacional Bruto (PNB).
Como se pode observar no Quadro 2, as diferenças no que respeita às componentes que compõem o IDH são bastante significativas quando se comparam os países que apresentam valores muito elevados para este índice e aqueles que obtêm pontuações consideradas baixas. De facto, o PIB per capita entre aqueles que têm um IDH muito elevado é cerca de 14 vezes superior ao valor registado nos países com IDH baixo. É ainda de destacar que nos países com um IDH muito elevado, a esperança de vida à nascença é cerca de 20 anos superior à que se verifica nos países com um IDH baixo.
Entre todas as regiões tratadas no Quadro 2 a África Subsaariana é a única que apresenta um IDH considerado baixo (0,502). A seguir, os Estados Árabes (0,682) e o Sul da Ásia (0,588) apresentam um IDH médio, enquanto na região do Este da Ásia e Pacífico (0,703), Europa e Ásia Central (0,738) e América Latina e Caraíbas (0,740), o valor deste indicador é considerado elevado. Já a média mundial de IDH dos 187 países, situa-se nos 0,702 pontos (que corresponde a um IDH elevado).
Apesar de muitos dos países, sobretudo nos países em desenvolvimento, terem assistido a uma melhoria no IDH, existem evidências para acreditar que esse crescimento se encontra a desacelerar. A partir da análise das taxas de crescimento, é possível constatar que, entre 2008 e 2013, a evolução do IDH foi menor para todas as regiões do mundo, sendo os Estados Árabes (-0,55%) e América Latina e Caraíbas (-0,39%) onde o crescimento foi mais baixo (Fig. 1).
Fig. 1 Regiões

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