domingo, 20 de setembro de 2015

Conflitos no Oriente Médio

Guerra do Golfo - 
   Em 1990 tropas do Iraque (Saddam Hussein) invadiram o Kwait, com objetivo de dominar as valiosas reservas de petróleo  da região. A ONU organizou forças aliadas (lideradas pelos Estados Unidos e com participação do Reino Unido, Itália, França, Egito e Arábia Saudita) para intervirem contra o Iraque. Após intensos bombardeios, as tropas iraquianas foram desalojadas do Kwait em março de 1991 e o saldo dessa breve,  mas intensa guerra, foi catastrófico para esses dois países árabes.  

              Palestinos x Judeus    -  
      Desde o começo do século XX, o movimento sionista sonhou construir um Estado judeu em Israel, terra de onde os judeus foram expulsos pelos romanos no ano de 70 d.C.  . O drama dos sobreviventes do holocausto nazista motivou a comunidade internacional a dividir o então protetorado britânico da Palestina em dois Estados : um para os judeus e o outro para os árabes, que haviam ocupado a região no século VII. A comunidade árabe negou-se a aceitar a criação do Estado de Israel e desde o primeiro momento lutou contra sua constituição.
       As sucessivas derrotas árabes nas guerras de 1947 - 1948, 1956, 1967 e 1973 consolidaram o Estado de Israel e sufocaram qualquer possibilidade de um Estado palestino. 
    Foi então  que extremistas optaram pelo uso do terrorismo como forma de pressão.  A fundação da Al-Fatah tinha como objetivo inicial a expulsão dos judeus da Palestina. Movimentos terroristas vinculados à Organização para Libertação da Palestina (OLP), como o Setembro Negro, realizaram ações criminosas contra pessoas e interesses econômicos israelenses ou ocidentais. O sequestro e assassinato de atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique em 1972 foi uma das ações de maior repercussão, manchando a causa palestina . 
       No fim de  2003, a construção de um muro de concreto, juntamente com as barreiras paralelas (arame farpado e estradas militares) que separam árabes e judeus na Cisjordânia, tornou-se um novo fator de tensão geopolítica, dificultando o processo de negociação de paz na região. 
   Se o muro foi concebido para  impedir a passagem de militantes palestinos que cometem atentados suicidas em Israel ou idealizado como a fronteira desejada por Israel, o  fato é que, com essa barreira de concreto, as duas comunidades prosseguirão isoladas na região, como se fossem  guetos. 

                  Outros Conflitos na Ásia

             Índia x Paquistão - 
    No processo de independência da Índia, a Inglaterra promoveu a partilha do território (então  denominado União Indiana) entre elites regionais, dando surgimento ao Paquistão, de maioria muçulmana. Essa partilha provocou o deslocamento  regional de grupos étnicos-religiosos, causando indefinições territoriais entre Paquistão e Índia, que até hoje disputam territórios da região da Caxemira.   

             Povo Curdo -
   Outra questão territorial e com ideais separatistas, na Ásia, é a respeito do povo curdo, que corresponde a uma nação sem pátria. Sua população é de aproximadamente 25 milhões de pessoas que estão distribuídas em grande parte da Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Síria ─ esses últimos em grupos menores. A partir dos anos 1980 teve início o movimento separatista curdo na Turquia ─ a luta entre os rebeldes curdos e as autoridades gerou um saldo de pelo menos 40.000 mortes.

             Chechênia   -
   A Chechênia é um pequeno território de religião muçulmana que se tornou independente da Rússia, no ano de 1991. O governo russo não aceitou essa iniciativa e tal fato derivou grandes confrontos armados.


            China X Tibete -
     Em 1913 o 13º Dalai Lama expulsou os representantes e tropas chinesas do território  do Tibete.  Embora a expulsão tenha sido vista como uma afirmação da autonomia tibetana, esta independência proclamada do Tibete não foi aceita pelo governo da China nem recebeu reconhecimento diplomático internacional e, em 1945, a soberania da China sobre o Tibete não foi questionada pela Organização das Nações Unidas. Após uma invasão contundente e uma batalha feroz em Chamdo, em 1950, o Partido Comunista da China assumiu o controle da região de Kham, a oeste do alto rio Yangtzé; no ano seguinte o 14º Dalai Lama e seu governo assinaram o Acordo de Dezessete Pontos. Em 1959, juntamente com um grupo de líderes tibetanos e de seus seguidores, o Dalai Lama fugiu para a Índia, onde instalou o Governo do Tibete no Exílio em Dharamsala. Os governantes chineses e o governo tibetano no exílio discordam a respeito de quando o Tibete teria passado a fazer parte da China, e se a incorporação do território à China é legítima de acordo com o direito internacional.  O principal interesse da China no território tibetano é decorrente da localização geográfica estratégica, pois a província se encontra no continente asiático, no sul e no centro da Ásia, o que facilita o controle da região por parte da China. Essa configuração geográfica possibilita melhor controle por parte do governo chinês, diante desse fato os líderes chineses não têm intenção de conceder a independência política total ao Tibete. O interesse chinês no território tibetano não está ligado somente à localização estratégica da região, mas também às suas riquezas naturais, como, por exemplo,  as importantes jazidas de minérios presentes no território do Tibete, cromo, cobre, bórax, urânio, lítio, ferro, cobalto e muitos outros .
              China x Vizinhos  (Mar da China)   -
     Algumas ilhas que ocupam posição estratégica em determinados pontos do mundo são objeto de disputa entre dois ou mais países. Esse é o caso das Ilhas Spratly, uma área com rica em recursos naturais no mar da China Meridional, disputadas por China, Vietnã, Filipinas, Malásia e Taiwan. 
   China, Japão e Coreia do Sul também  estão envolvidos em várias disputas territoriais, exacerbando as chamas do nacionalismo, enquanto os atritos aumentam nas relações entre Estados Unidos e China envolvendo o Mar da China Meridional. Vietnã e Filipinas, também membros da APEC, acusam a China de realizar uma campanha de intimidação para reforçar suas reivindicações sobre o Mar da China Meridional.
    Os Estados Unidos têm defendido um código de conduta entre as nações envolvidas alegando que a liberdade de navegação nas estratégicas águas do Mar da China Meridional é do interesse de todos, o que tem irritado Pequim. 
    Outra disputa, sobre pequenas ilhas reclamadas por Japão e Taiwan (Ilhas Senkaku) tem contribuído para aumentar a tensão na região. As pequenas ilhas desabitadas são administradas pelo Japão, mas reivindicadas pela China com o nome de Diaoyu. A tensão aumentou em setembro, quando o governo japonês anunciou a intenção de nacionalizar as ilhas. 

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